Mais um cap!
Ela soltou
um suspiro, bem nessa hora ouvimos o sinal tocar. Apostamos corrida até o
refeitório, óbvio que eu perdi. Sentamos na mesa e ficamos esperando o café da
manhã, a Helen sentou na minha frente, e ficamos conversando. Quando as ninfas
começaram a colocar os pratos nas mesas, ela por um segundo, pareceu fazer uma
cara surpresa. De repente eu senti duas mãos na minha cintura.
- Bom dia
La Luna Bella. - ouvi alguém sussurrar no meu ouvido.
Os pelos da
minha nuca ficaram arrepiados. Eu conhecia, foi a mesma voz que falou no
parque... Ai que sonho. Virei o rosto e me deparei com os dois olhos castanhos
escuros mais lindos e maravilhosos que eu já tinha visto. Um sorriso se formou
por meu lábios.
- Bom dia,
Will. - ok, concordo que estou mais que apaixonada.
Mas como...
Como ele... Eu não sei, mas eu sentia que ele não queria dizer só bom dia. Ele
se sentou do meu lado. Às vezes ele olhava pra mim, ficava observando o
refeitório, sorria, e tamborilava na mesa. Mas na maior parte do tempo ficava
me mandando sorrisos, que eu retribuía feliz. A Helena percebeu isso e não
deixou passar.
- Vocês
estão falando de alguma coisa que eu não sei?
- Não
estamos falando! - dissemos juntos.
Ele me
olhou como se dissesse 'mas estou tentando'. De onde que eu tirei isso?!
- Não é o
que parece. - a Lena falou
- Só estava
pensando, me lembrei de uma vez que fui no parque, faz um tempo... Fui com a
minha mãe, ela queria ver um amigo.
Arquei as
sobrancelhas.
- Onde? -
perguntei.
Pela
expressão que ele fez, já sabia a resposta, mas quis dar um suspense.
- Acho que
em Paris... É, foi há nove anos em Paris...
Abri um
sorriso enorme, e ele retribuiu.
- Desisto!
Não consigo entender as indiretas de vocês! - Helen disse levantando as mãos
pro alto.
Nós dois
rimos. Logo a Luiza apareceu e sentou do lado da Lena.
- Bom dia
pessoas. Eu quero saber o que aconteceu ontem, que parece que nós duas, vamos
segurar as velas, não estou certa, Lena?
- Você não
está certa, está correta. Eu não acredito que vou perder meu companheiro de
segurar velas. - falou Kath aparecendo sei lá de onde.
- Desculpa,
mas acho que a rosa selvagem tembém já encontrou alguém para doma-la. - Will
disse e Kath o fuzilou com o olhar.
- Oi
pessoas da minha vida! - falou a Clair sentando do lado do Will.
- Ei! Você
tem que sentar comigo! E bom dia pessoal! - Theo disse se sentando ao lado de
Kath.
- Ei! Ela
não vai sentar com você não! A minha amiga ta roubando o meu 'irmão' de mim!
Não pode. Eu tenho que te aproveitar também. - reclamou Kath.
- Tá bom, reclamona.
- Theo a puxou para o colo dele.
- E eu vou
perder o meu irmão para uma das minhas novas amigas... - disse Clair fazendo
biquinho.
- Você vai
me perder?! Eu achei que você já tinha sido roubada! Na escola você mal fala
comigo. - falou Will inconformado.
-
Desculpa... O que eu faço pra não falar com o meu irmãozinho?
- Me faz
segurar vela. Enquanto passeia com o Theo.
Clair ficou
vermelha e Theo também. Espera. Eles não são namorados?!
- Bom, eu
to morrendo de fome. - Kath comentou. - E você madrugador?
- Estou me
controlando para não reclamar. - falou Will olhando para Kath.
- Bom, se
controle, porque quando você está com fome reclama e muito. - ela disse
- Não!
Muito pelo contrário, quando eu reclamo, reclamo muito.
- Puxa
vida, acho que estou sobrando, nessa mesa de apaixonados. - disse a Lu
- Não está
que eu sei. - Will disse pra ela.
Ela
arregalou os olhos e ele sorriu, como se dissesse: 'Eu não vou contar... Mas de
qual quer jeito eu sei.' De onde que eu estou tirando isso?! Daqui a pouco vou ler
mentes!
Senti o
cheiro de pão recém assado, o pão daqui é tão bom... Eu vi o Will, fazer uma
cara estranha. Como se pensasse 'Está dando uma vontade de invadir a cozinha...
Estou morrendo de fome.'
- Pelo
visto a fome tá grande. - Kath comentou. - Que horas o sol nasceu hoje?
- Cinco e
cinco da manhã... - ele resmungou.
- Ohhhh...
Que peninha... Você não conseguiu dormir de novo?
Ele olhou
para ela, como se dissesse 'Não acredito
que você me perguntou isso'. Eu vou ficar maluca! Daqui a pouco vou começar a
responder os pensamentos dele.
- Você sabe
que eu não consigo. - ele falou estreitando os olhos.
Olhei para
a mesa em que o Quíron sentava, lá estava ele, o Sr.D, e a Rachel estavam. Ela
falou alguma coisa para Quíron, ele suspirou e bateu palmas. Todos se viraram
para ele.
- Hoje
faremos uma mudança, vocês poderão se sentar com quem quiserem! Mas é só hoje!
- Que bom!
Vamos poder ficar aqui! - Clair disse animada.
Eu olhei
para a Lu. Ela revirou os olhos e gritou.
- Você é um
amor, Quíron!
Ele riu e
revirou os olhos. Enquanto Lu se arrumava.
- O que
foi? - ela perguntou
- Eu quero
saber por quem você está apaixonada... - a Lena disse estreitando os olhos.
Olhei para
o lado e o Will estava com uma expressão impaciente.
- Psiu. -
ouvi alguém fazer baixinho. virei a cabeça, era a Kath - Não liga, ele fica
assim quando tá com fome, se ele estiver com muita ele fica emburrado. - ela
sussurrou para mim.
- Eu ouvi.
- falou o Will olhando seriamente para ela.
Logo as
ninfas apareceram, foi engraçado quando o Will viu a comida.
-
Finalmente! Não aguentava mais! - ele exclamou, sorrindo.
-
Esfomeado. - falou Theo colocando a cabeça no ombro da Kath.
- Não fala
nada. Estou com fome. Só isso.
- Só?!
- Tá, estou
com muita fome.
- Vai comer
mais que o normal? - Kath perguntou.
Will deu de ombros. As ninfas chegaram e cada um
pegou um pouco, todos pegamos quase a mesma coisa. As meninas ficaram
conversando, eu só ouvia. Logo senti alguém me cutucando.
- Oi?!
- Vamos? -
Will me perguntou.
- Nós temos
que ensaiar! - Kath falou, meio feliz e meio emburrada. - Não acredito que o
Apolo deu tarefa para nós. Vamos ensaiar Will? Theo?
- Olha, os
meus irmãos só ficam realmente acordados depois do almoço... Acho que você vai
ter que esperar um pouco. - Helen falou.
Kath deu de
ombros.
- Tudo bem,
então eu trino o solo, e os meninos ficam conversando.
Logo todos
estavam conversando, de novo, eu levantei silenciosamente e saí. Estava indo
pro chalé, quando senti uma mão no meu ombro, e essa escorregou até pegar a
minha mão. Eu parei quando senti que a pessoa entrelaçou os dedos nos meus.
Olhei para o lado.
- Vamos
ensaiar, Lua? - ele me perguntou.
- Vamos. Só
deixa eu pegar o meu violão? Pra caso nós escolhamos a música.
- Você tem
violão? - ele me perguntou com os olhos brilhando.
- Tenho...
Eu deixo ele escondido do Connor e do Travis, num lugar especial. - falei indo
na direção do chalé.
Quando
chegamos lá me abaixei no nosso beliche. Forcei um pouco o assoalho e uma parte
se levantou, eu a arrastei e tirei o meu violão lá de dentro. Ainda bem que ele
estava na capa.
-
Impressionante, acho que ninguém encontraria aí. - ele falou.
- Vamos? -
ele assentiu e saímos do chalé. - Vamos para a clareira? - ele balançou a
cabeça.
- Não... Eu
quero te mostrar um lugar.
- Que
lugar? - perguntei curiosa.
- Você vai
ver...
Fomos na
direção da floresta, ele pegou minha mão e entrelaçou os dedos. Caminhamos em
silêncio, por um tempo. Ai começamos a fazer perguntas um pro outro. Estava tão
entretida na conversa que nem vi o tempo passar.
- Estamos
chegando. - ele falou, e eu saí de meus pensamentos.
Olhei para
frente e perdi o fôlego, o lugar era incrível.
- Onde é? -
perguntei
Ele apontou
para a parte mais clara. E fomos, lá tinha uma clareira, e era incrível, eu
amei. As flores, a grama alta... Era perfeito.
- Gostou? -
ele me perguntou
- Amei!
Ele me
puxou e sentamos bem no meio do lugar. Tirei o violão da capa e o Will me
ajudou a afinar o violão.
- Posso
tocar? - ele me perguntou
Dei o
violão para ele, e ele começou a tocar alguma música, que eu não conhecia.
- Qual
música vamos tocar no sábado? - perguntei, não sou muito boa para escolher
músicas.
- Não
sei...
Ele começou
a tocar uma e balançou a cabeça negativamente. Ele estava tocando pedaços de várias
músicas diferentes, ele mudava muito rápido. Às vezes ele fazia uma cara
estranha, depois de longos dez minutos mudando de música.
- Talvez...
- ele disse
Ele parou
de tocar e me olhou.
- O que
foi? - ele me perguntou
- Quantas
músicas você tocou? - perguntei
- Nem sei,
só fui mudando. - e deu de ombros. - Quer ouvir essa última? Acho que foi a
melhor que eu achei.
Ele começou
e logo eu soube qual era. Sorri, eu amo essa música, era a... (autora: NÃO OUSE
DIZER!) (lily: por que?) (autora: tem que ser surpresa!) (lily: tudo bem...)
Comecei a cantar e ele também. Ficou legal, é ficou bastante. Ensaiamos
umas oito vezes e deitamos na grama, para descansar, cantar pode ser fácil, mas
cansa. Ficamos olhando o céu por um tempo. Quando os pássaros começaram a
cantar fechei os olhos.
- Essa
canção é muito bonita. - comentei
- É mesmo.
- ele falou
- Concorda
comigo?
- Claro, o
som dos pássaros acalma, e não tem como achar feio. - ele se levantou - Vem
dançar.
- Dançar?!
- Sim,
aproveitar que a música está calma.
Ele segurou
minha mão e me puxou. Ele colocou as mãos na minha cintura e e coloquei as
minhas no ombro dele, e começamos a balançar de um lado pro outro, as vezes
dávamos passinhos pequenos. Ele começou a cantarolar uma música em espanhol,
olhei nos olhos dele.
Ficamos um
tempo assim, ele parou de cantar, a mão dele deslizou para as minhas costas, e
a minha foi para o pescoço dele. Ele foi se aproximando e eu também dele. Foi a
mesma coisa da noite anterior, eu só o via, ninguém mais importava. Eu estava
perdida nos olhos dele, no sorriso dele. Eu senti meu coração começar a bater
mais rápido. Eu coloquei a minha mão na nuca dele. Ele foi se aproximando, logo
senti nossos lábios se tocarem. Eu nunca me senti... Tão viva, tão completa.
Apaixonada eu sabia que estava, mas isso não era uma simples paixão, era o
amor. Pensei ter ouvido uma risada, mas deixei isso e lado.
POV: Rose.
Vocês nunca
ouviram falar de mim, certo? Bom... Me apresentando, sou Rose uma das ninfas do
acampamento. Me chamo assim pois sou uma roseira, nessa semana eu fiquei bem
amiga de uma das filhas de Deméter, e hoje ela pediu ajuda para mim.
Se bem que ela podia ter me dado uma tarefa mais fácil, 'Vigie aqueles dois,
quero saber o que eles vão fazer, e se vão se entender.' Primeiro, achar dois
campistas numa área enorme não é tão fácil, principalmente se eles forem para a
floresta.
Eu fiquei
uma meia hora procurando por esses dois quando desisti. Fui na direção da
nascente, lá fica a minha arvore... O mais interessante foi que eu achei os
dois quando estava indo para lá. Me escondi numa moita e fiquei observando. Os
dois estavam balançando no ritmo de alguma música, estavam tão fofos. Ele
olhava para ela com amor, e era retribuído, eles tinham que se entender,
pareciam um casal perfeito! Na verdade, acho que eram.
Eu fiquei
observando quietinha de onde estava. Eles começaram a se aproximar, logo
estavam num beijo romântico, tão lindo... Ele estava com uma mão nas costas
dela, a outra na cintura. Ela estava com a mão no pescoço dele e a outra no
cabelo. Típico de Aphrodite, se ela estiver assistindo deve estar gritando de
felicidade. Dei uma risada baixa e saí correndo para contar para a minha amiga
o que aconteceu.
POV: Kath
Estava
andando impaciente de um lado para o outro. Tinha falado para Rose achar o Will
e a Lily... Eu sabia que alguma coisa ia acontecer, só queria ter conhecimento
do que. Mas eu tinha pedido isso para ela já fazia quarenta minutos! Estava
demorando. Ouvi os galhos atras de mim se quebrarem, peguei meu chaveiro/espada
e apontei para aquela direção. Rose estava parada ofegante, sorrindo. Guardei a
espada e fui ao encontro dela.
Ela estava
com o cabelo vermelho um pouco bagunçado. Os olhos azuis brilhavam de animação.
- Achou
eles? - perguntei, e ela abriu um sorriso maior do que o anterior.
- Achei.
Eles são muito fofos...
- Eles se
entenderam?
- Não só se
entenderam... Acho que em algumas horas, ou minutos vão estar namorando...
- Yes! -
gritei animada. - Obrigada!
- Mas...
- Mas o
que? - perguntei
- Estava
tão fofo... E eles se conhecem faz... Quanto tempo?
- Um dia. -
respondi rapidamente.
- É que tem
vezes que é melhor deixar quieto, eles podem querer manter segredo. Dizem que o
amor proibido, ou em segredo é melhor.
Pensei por
um segundo.
- Você está
certa. Pode ir... Obrigada pela ajuda. Eu não vou comentar nada.
Rose
assentiu e virou as costas, saindo correndo.
- O que
você estava fazendo? - ouvi alguém perguntar atrás de mim.
Pulei de
susto e me virei. Coloquei a mão no coração e falei ofegante.
- Que susto
Connor!
- Desculpa.
- ele disse dando de ombros.
Como ele
podia ser tão lindo?! Perfeito, deus grego, maravilhoso, lindo, tudo. Incrível,
do olhar encantador, sorriso de matar, olhos castanhos que nem se falam, único.
- Então, o
que você estava fazendo? - ele me perguntou.
- Nada, só
falando com uma amiga.
- Qual
amiga?
- A Rose,
uma ninfa, ela é super legal, e inocente.
- Eu sou
mais. Sou o mais legal, o mais divertido, o mais engraçado, o mais lindo, o
mais perfeito...
- O mais
convencido? - perguntei rindo.
- Pode ser,
só acho que eu perco para o Apolo. - ele disse piscando para mim.
- Nós vamos
ter que trinar depois do almoço.
- Nós?! -
ele me perguntou confuso
- O Will me
deixou ajudar vocês no ensaio da banda.
Ele fez uma
cara estranha quando eu disse isso. Eu cheguei perto dele e sussurrei no ouvido
dele.
- Ainda não
me apaixonei, acho. Te vejo mais tarde.
Dei as
costas e saí, fui procurar o... Alguém. O... O Travis! Ele precisa se arrumar
com a minha irmã!
POV: Travis
Eu estava
tentando pensar em um jeito de falar com a Katie... Eu gosto dela faz um bom
tempo... Estava andando de um lado para o outro pensando Quando alguém atrás de
mim gritou o meu nome.
- TRAVIS!!!
Me virei e
era a Kath correndo na minha direção.
- O que
você veio fazer aqui? - perguntei
- Vim te
ajudar.
- Com o
que?
-
Conquistar minha irmã está na lista?
Eu
arregalei os olhos. Eu não sei por que, olho pra Kath e lembro do Connor, eles
devem ter o gênio parecido.
- Eu não
gosto da sua irmã.
Ela revirou
os olhos.
- Claro que
não. - ela não disse isso com ironia. - Você ama ela.
- Tá eu amo
ela. O que você quer fazer?
- Olha,
você ama ela e ela te ama. É só dizer.
- Não é tão
fácil...
- Ela gosta
de rosas. De preferência vermelhas. Ela gosta de ir na praia. Ela acha jantar no
luar a luz de velas romântico. E ela ama poemas. E gostaria que o menino se
declarasse pra ela.
Fiquei
chocado.
- Tá, você
me disse isso. O que eu faço.
- Eu achei
que o lerdo fosse o Connor... Junte tudo e está conquistando ela.
- Como eu
vou fazer tudo isso?
- De seu
jeito. Quer fazer uma aposta?
- Claro. -
respondi sorrindo. - Fala.
- Aposto
quinze dracmas que você até o final do verão não vai estar namorando ela. -
esperta... é, tem gênio parecido com o do Connor
- Eu aposto
que eu vou estar!
- Duvido!
- Guarde
seus dracmas para mim então.
Ela deu um
sorriso e saiu correndo. Ela é esperta... Muito esperta...